Influenciada pela necessidade de capital de giro e pela oferta de crédito, a taxa MDR é uma realidade para os que usam máquinas de pagamento. Acompanhando a tendência da redução da adesão ao dinheiro físico, as máquinas entraram no gosto dos lojistas pela praticidade que promovem aos clientes.
É mais simples carregar um cartão ou uma carteira digital do que várias notas ou moedas. A popularização de bancos digitais, como o Banco Inter, também fez com que mais cidadãos passassem a ser bancarizados.
Com a ajuda de Bruno Flammarion Chervinski Boscolo, gerente de portfólio e CRM da Granito, vamos contar o que é a taxa MDR, revelando como funciona o fluxo de uma transação e o que a compõe. Boa leitura!
O que é a taxa MDR?
A taxa MDR é a cobrada dos prestadores de serviço em troca da estrutura oferecida pela máquina de pagamento. Significa “Merchant Discount Rate”, ou “Taxa de Desconto do Comerciante”. A MDR costuma ser negociada entre as empresas de cartão e os adquirentes, sendo repassada como um custo adicional.
Bruno explica: “A MDR é uma porcentagem que é cobrada sobre o valor total da transação e é usada para cobrir os custos das empresas de cartão de crédito e débito, como processamento de pagamentos, manutenção de redes de pagamento, prevenção de fraudes, entre outros.”
“É importante estar atento à cobrança da taxa MDR porque ela pode afetar diretamente os lucros de um negócio. Como essa taxa é cobrada sobre o valor total das transações com cartões de crédito e débito, ela pode representar um custo significativo para o comerciante”, Bruno complementa.
Como funciona o fluxo de uma transação?
O fluxo de uma transação inclui as adquirentes (empresas que habilitam os lojistas para as vendas com máquinas de pagamento), as bandeiras (entidades que fazem a interação entre adquirente e emissor) e os emissores, que habilitam a compra.
Bruno conta que o fluxo se divide em etapas, como inicialização, escolha do valor, inserção ou aproximação do cartão, autenticação, aprovação e emissão do comprovante de pagamento. Na última etapa, há o recebimento do pagamento pelo comerciante, podendo ser antecipado na antecipação de recebíveis.
O valor segue para a conta do comerciante, com o desconto da taxa MDR. Essa cobrança acontece para financiar os serviços de processamento de pagamentos. Vale ter em mente que existem variações em relação às funções e às formas de pagamento dos modelos das maquininhas, mas esse é o padrão mais comum.
O que compõe a taxa MDR?
O MDR é composto por várias taxas percentuais divididas entre cada player da transação: adquirente, bandeira ou emissor. A tarifa de intercâmbio é uma delas, na qual o emissor repassa o valor pago ao adquirente.
O fee da bandeira é pago à bandeira do cartão, com a participação do emissor e do adquirente. É uma parcela pequena, que é usada pela bandeira para financiar a comunicação
A parte que vai para o adquirente é o Net MDR, usado para financiar o processamento e a liquidação dos pagamentos. Essa parte tem a dedução de alguns impostos, como o PIS, o Cofins e o ISS.
Quando a taxa MDR é cobrada?
A taxa MDR aparece nas transações feitas com cartões de crédito e débito. É cobrada do lojista que aceita esses meios como forma de receber pelas vendas. Quando uma compra é feita no cartão, o valor é processado pelas empresas que fazem a cobrança.
“Portanto, sempre que um comerciante aceita um pagamento com cartão de crédito ou débito, ele pode ser cobrado pela taxa MDR. O valor dessa taxa pode variar de acordo com diversos fatores, como o tipo de cartão utilizado, o setor de negócio do comerciante, entre outros”, conclui Bruno.
Como essa taxa impacta as vendas?
A taxa MDR impacta as empresas de formas diferentes. Por exemplo, servindo como um custo adicional e mudando os cálculos dos lucros. Tudo precisa ser colocado na ponta do lápis, principalmente para marcas que dependem de vendas que acontecem por esses meios.
Parte dos custos podem ser repassados para os preços, gerando um aumento. Algumas empresas também podem ficar hesitantes na hora de aceitar cartões de crédito e débito por efeito dos custos da taxa MDR, e isso pode afetar negativamente as vendas.
Dessa forma, vale se planejar para incluir a taxa MDR e pensar em maneiras de minimizar os impactos, buscando negociar melhores condições ou pensar em estratégias de redução de custos.
Como a Granito pode ajudar?
A Granito Pagamentos se destaca graças às boas taxas das maquininhas, trazendo a possibilidade de reduzir os custos de MDR. A marca também oferece relatórios gerenciais, ajudando a melhorar a gestão financeira a partir da análise das transações e da identificação de oportunidades de redução de custos.
A tendência é ter mais capital para lidar com a taxa, já que a Granito traz soluções de gestão de risco para diminuir as perdas que são fruto de fraudes em transações de pagamento. Por fim, há o suporte técnico.
“A Granito oferece suporte técnico especializado para auxiliar as empresas na resolução de problemas relacionados ao uso de maquininhas de cartão e às transações de pagamento em geral. Com essas soluções, a Granito pode auxiliar as empresas a reduzir seus custos com a taxa MDR e melhorar a gestão de seus pagamentos eletrônicos.”, conta Bruno.
A taxa MDR é usada para financiar a estrutura de pagamentos. Assim, os recebíveis das vendas vêm descontados pela tarifa. Os valores seguem alguns limites de reajustes, definidos pelo Banco Central.
Existem algumas medidas para gerir a taxa MDR. Isso inclui negociar com as empresas de cartão, escolher bem a máquina de pagamento, monitorar as transações, analisar o impacto da taxa nos preços de produtos e por aí vai.
Com soluções como o link de pagamento, a divisão de vendas e a cobrança recorrente, a Granito Pagamentos traz as melhores ferramentas para os lojistas. Se você já teve que lidar com a taxa MDR, conte sua experiência para a gente nos comentários!