Quando o termo “empreendedor” apareceu originalmente no vocabulário francês, seu significado era similar ao de “aventureiro”, mas a palavra começou a ser usada na economia clássica e, aos poucos, ganhou o significado que tem hoje. No Brasil, “microempreendedor” se tornou a figura jurídica do pequeno empresário.
Nas definições de Richard Cantillon, um dos pais da economia política, o empreendedor se destaca por ser o principal tomador de risco do empreendimento. Por isso, também é o responsável pelas decisões.
Aqui, é preciso passar por uma formalização, definindo-se como MEI. A ideia do texto é mostrar várias informações sobre negócios e boas práticas para microempreendedores. É só continuar a leitura!
O que significa ser um microempreendedor?
O microempreendedor é uma forma jurídica de enquadrar o empreendedorismo para pequenos negócios na lei. Funciona como um modelo empresarial simplificado, em que são enquadrados os empreendimentos com faturamento anual de até R$ 81 mil.
A classificação surgiu em 2009 para diminuir a informalidade no Brasil. A configuração de empresa simples se ajusta às demandas de autônomos. Na formalização, o MEI (sigla para Microempreendedor Individual) ganha um CNPJ próprio.
Nesse caso, conta com competências de empresas, como a emissão de notas fiscais. Mas também tem acesso a direitos similares aos de funcionários, como os benefícios da previdência pública e do INSS.
Quem pode ser microempreendedor?
Para se enquadrar na categoria, o principal pré-requisito é o faturamento anual de até R$ 81 mil. Isso dá uma média mensal de 6,7 mil por mês. Ainda, você não pode ser sócio de outras empresas e tem direito a um funcionário com salário mínimo ou piso da área.
Mesmo seguindo essas regras, ainda há algumas atividades que não são permitidas. Você pode conhecer a lista de ocupações no Portal do Empreendedor. Um dos pontos fortes da formalização é o fato de que ela pode ser feita online e de forma simples.
Aqui, os impostos são simplificados por meio de um valor ligado ao Simples Nacional, definindo-se como 5% do salário mínimo atual. A isso se soma uma taxa de R$ 1,00 ou R$ 2,00, dependendo do ramo.
Qual a diferença entre autônomo, profissional liberal e microempreendedor?
Os profissionais liberais são pessoas que trabalham sem depender de vínculos empregatícios ou registros profissionais. Normalmente, vinculam-se a ordens ou conselhos profissionais. É o caso dos advogados, médicos, jornalistas, dentistas e por aí vai.
No caso do MEI, não há regras específicas ou conselhos para sua atuação, além de não exigir formação prévia. Isso faz com que microempreendedor e profissional liberal sejam coisas diferentes. Nesse caso, o profissional liberal precisa lidar com custos como imposto de renda, PIS e ISS.
Por fim, autônomo é um termo geral para profissionais sem vínculo empregatício. Isso significa que pode se aplicar tanto aos MEIs quanto aos profissionais liberais.
Como é o mercado para os microempreendedores?
O mercado dos microempreendedores teve um desenvolvimento mais brusco durante a pandemia, chegando a crescer 20% em um ano. Isso foi fruto da escassez de vagas formais, fazendo com que as pessoas buscassem alternativas no microempreendedorismo.
Muito desse avanço tem relação com o aumento do desemprego. Com mais pessoas em busca de uma renda, a tendência é a aposta no empreendedorismo. Mas antes da pandemia, esse já era o padrão.
Em 2018, por exemplo, a formalização já havia avançado 40%. Além do desemprego, os benefícios também aparecem entre os impulsionadores. Por exemplo, o acesso aos serviços de seguridade social.
Quais são as habilidades para um microempreendedor de sucesso?
A figura do empreendedor costuma ser associada à inovação. Isso porque o empreendedor pode atuar como um impulsionador de novas ideias e processos de negócios. No caso de empreendedores que mobilizam pessoas, a gestão, a liderança e a criação de equipes também fazem parte das habilidades importantes.
Um dos principais traços de um empreendedor é a disposição para arriscar sua segurança financeira e se expor em nome de uma ideia. Por isso, uma das grandes diferenças para os não empreendedores é o fato de não perceberem a incerteza como os outros.
Assim, lidam com a chamada “incerteza knightiana”, batizada em homenagem ao economista americano Frank Knight. Ela é impossível de definir estatisticamente e se determina na falta de conhecimento.
Como se tornar um microempreendedor de sucesso?
Uma das recomendações comuns para ter um bom microempreendimento é prezar rituais e hábitos. Se você tem um funcionário, por exemplo, pode chegar mais cedo e dar o exemplo durante o trabalho.
Ainda, vale não abrir mão da vida pessoal. Essa é uma confusão comum que acontece principalmente com microempreendedores individuais — acreditar que, por serem a empresa, devem trabalhar 24 horas por dia.
Às vezes, é preciso extravasar em alguma atividade pessoal divertida, como se dedicar a um hobby, consumir entretenimento, praticar esporte ou fazer trabalho voluntário. O excesso de envolvimento com a empresa pode criar um estresse capaz de prejudicar a qualidade das decisões.
O que é a liderança empreendedora?
A liderança é principalmente importante na passagem de um microempreendimento individual para um pequeno negócio, com a participação de outras pessoas. Liderar é uma habilidade prática, e você já vai entender como funciona.
Traços de um líder
Existem alguns traços de personalidade que costumam estar mais associados à liderança. Isso inclui, por exemplo, a autenticidade. Pessoas mais conscientes das suas qualidades costumam interpretar informações sobre si de forma menos tendenciosa.
Por isso, são mais propensas a liderar. Outro traço que costuma favorecer o surgimento da liderança é a extroversão. Ainda assim, a abertura para outras pessoas e a prática em interações sociais também podem ser aprendidas.
Por fim, a inteligência emocional é um fator determinante, já que define a capacidade de compreender e se relacionar com o outro. Assim, pessoas emocionalmente inteligentes comunicam e compreendem sentimentos de forma mais eficiente.
Estilos de liderança
Os estilos de liderança são as formas por meio das quais os líderes põem em prática planos e motivam as pessoas. Por isso, têm a ver com vários pontos. Por exemplo, a personalidade, a experiência e as crenças.
Cada estilo pode fazer sentido dependendo do contexto. Uma liderança autocrática pode ser útil quando há uma emergência na empresa, mas as democráticas são mais eficazes em termos de motivação.
Por isso, o estilo ideal varia de acordo com o objetivo do grupo. Uma liderança possível é a laissez-faire, em que a tomada de decisão é repassada para as pessoas — trazendo a oportunidade de cada um tomar sua própria decisão.
Mitos sobre liderança
Embora a liderança seja inata em alguns casos, também pode ser desenvolvida por meio de trabalho. Por isso, há uma série de pesquisas e produções sobre o assunto, pensadas justamente com base nas habilidades adquiridas.
Outro mito comum é o de que a liderança é puramente uma forma de poder. Geralmente, ela também passa por uma relação recíproca. Por isso, o uso da manipulação e da coerção não se encaixa em uma liderança eficiente.
O ideal é contar com o consentimento das pessoas, buscando agir com base no melhor interesse para o grupo. Por fim, a ideia de que os líderes controlam os resultados da equipe inteiramente também é um mito.
Como uma pequena empresa funciona?
As pequenas empresas têm uma receita anual menor do que as grandes ou médias corporações. Nas empresas individuais, não há muita distinção jurídica entre o dono e a entidade empresarial. Entenda como isso funciona.
Características de uma pequena empresa
Mesmo em uma empresa individual, o microempreendedor não necessariamente trabalha desacompanhado. Isso porque é possível contratar um funcionário ou trabalhar com vários profissionais que sejam autônomos, por exemplo.
Aqui, o microempreendedor tem acesso a todos os lucros sozinho, apenas dependendo do desconto dos pagamentos dos impostos. No entanto, a responsabilidade por perdas e dívidas também é individual.
Por isso, a forma de empreender de um microempreendedor individual se difere das sociedades, em que há vários proprietários. A pequena empresa também é um posicionamento de autônomo, já que você passa a trabalhar apenas para si.
Vantagens de uma pequena empresa
Uma das principais vantagens das pequenas empresas é a possibilidade de serem iniciadas com baixo custo. Em alguns casos, até mesmo com regimes de meio período. Por isso, é possível iniciar um empreendimento enquanto ainda estiver em um emprego formal.
Também pode ser uma forma de adaptação para algumas pessoas que cuidam dos familiares e têm menos tempo para empreender. Os microempreendedores podem atuar com negócios bem simples, facilitados pela possibilidade de explorar nichos e fazer marketing pela web.
Outro ponto forte das pequenas empresas é a possibilidade de ter um contato mais próximo com os clientes. Os proprietários de grandes corporações têm mais dificuldades de manter um contato pessoal com o público e estão mais sujeitos à inércia burocrática.
Dificuldades das pequenas empresas
O tamanho das pequenas empresas também representa um desafio. Por exemplo, há a falta de capitalização, às vezes, relacionada à falta de planejamento. Uma regra comum das finanças é o acesso prévio a uma quantidade de dinheiro equivalente à receita e às despesas projetadas para o primeiro ano.
Geralmente, as primeiras despesas são subestimadas. Por isso, erros na hora de conseguir esse tipo de financiamento podem fazer com que o microempreendedor fique responsável por uma série de dívidas.
Além do levantamento de capital, outro desafio dos microempreendedores é a margem de contribuição. O indicador define se uma empresa é capaz de conseguir receita suficiente para lucrar e ainda cobrir os custos e as despesas.
Marketing das pequenas empresas
Embora as pequenas empresas se destaquem pela possibilidade de manter um relacionamento mais próximo com os clientes, encontrar novos consumidores ainda é um desafio. Em alguns casos, dedicar energia ao marketing pode ser difícil, principalmente por efeito das atividades da rotina do negócio.
Assim, microempreendedores tendem a se concentrar em técnicas mais simples e econômicas. Isso inclui redes de negócio, boca a boca, referências de consumidores, anúncios impressos e marketing digital.
Aqui, vale investir em um plano de marketing. O modelo pode incluir pesquisa de mercado, mix de marketing, ciclo de vida da solução, promoção e distribuição. Normalmente, começa com a pesquisa documental e de campo para entender o público-alvo.
Qual é o perfil de um empreendedor?
O sucesso no empreendedorismo costuma acompanhar um perfil específico. Algumas pesquisas mostram que as chances de sucesso aumentam de acordo com a idade. Além disso, as habilidades de negociação e criação de consenso têm um papel importante.
Outro ponto que define o caminho do empreendimento é sua relação com os empreendedores. A influência pode vir da composição social, principalmente se os colegas de trabalho forem ex-empreendedores.
O empreendedorismo também é influenciado por experiências anteriores, como insatisfação no trabalho ou desemprego. Isso é principalmente verdadeiro no Brasil, em que a escassez de vagas e a pandemia foram impulsionadores de formalizações para MEIs.
No que prestar atenção ao se tornar um microempreendedor?
Existem vários pontos em que vale ficar de olho na hora de se tornar um empreendedor. Você pode considerar a possibilidade, por exemplo, de investir em um segmento em ascensão e, principalmente, em que você pode gerar um diferencial.
Uma das formas de descobrir isso é observando se sua solução é capaz de resolver um problema de forma mais eficiente do que as alternativas no mercado. Aqui, você pode apostar em estratégias de vantagem competitiva, como:
- a liderança de custo, em que seu produto é mais barato que o dos concorrentes;
- a diferencial, em que seu produto tem diferenciais que seus concorrentes não têm;
- a de foco, em que seu produto é mais específico que o dos concorrentes.
Quais são os pontos importantes sobre o MEI?
O MEI conta com um recolhimento de impostos simplificado. Isso é feito por meio da guia DAS MEI. Contudo, as atividades de profissionais liberais são excluídas da categoria. Isso inclui, por exemplo, engenheiros, advogados, médicos, psicólogos e por aí vai.
Com a formalização, você conta com benefícios como o auxílio por incapacidade temporária, a aposentadoria, o auxílio-maternidade, entre outros. Todo o processo é feito pela internet, exceto pela habilitação de notas fiscais. Nesse caso, ele depende do registro no seu município.
Para manter a formalização, basta pagar a guia todo mês. O DAS inclui de forma simplificada todos os impostos que você precisa pagar. Sua sigla significa “Documento de Arrecadação do Simples Nacional”.
Como se tornar um MEI?
Para abrir o MEI, você primeiro precisa conferir se sua atividade se enquadra na lista oficial. A partir daí, acesse o Portal do Empreendedor e clique em “Quero ser MEI”. Nessa página, você pode matar suas dúvidas por meio dos textos disponíveis.
Em seguida, procure acessar a parte em que está escrito “formalize-se”. Você pode criar uma conta e, a partir daí, logar com o CPF. Por fim, preencha as informações solicitadas e finalize o seu cadastro.
Vale tomar cuidado com o golpe MEI. Por meio de sites falsos com aparência do Portal do Empreendedor, algumas empresas criam o seu MEI cobrando um valor acima dos R$ 200 reais e colhendo os seus dados. Por isso, confira se o endereço é o correto.
Quais são os sinais de que você tem vocação para o empreendedorismo?
Muitas pessoas contam com competências de empreendedores sem nunca se perceberem como um. Um sinal é a criatividade. Às vezes, ligada à curiosidade em relação às coisas ao redor. O comportamento criativo traz à tona a iniciativa para as decisões.
Outro ponto é a vontade de pôr alguma coisa em prática e criar. Isso porque o empreendedor, muitas vezes, é o responsável por trazer algo novo para o mundo. Mas é importante não só implementar uma ideia, mas mantê-la viva.
Por isso, empreendedores costumam ser pessoas que lidam bem com as primeiras derrotas e se mantêm otimistas. Nesse caso, pontos como disciplina e persistência são tão importantes quanto a criatividade.
Quais pontos costumam ser ignorados?
Embora o empreendedorismo seja repleto de histórias de sucesso, isso não significa que seja fácil. Mesmo sem chefes, ainda é preciso dar respostas às pessoas. Mas, nesse caso, as cobranças são fruto dos clientes e fornecedores, por exemplo.
Inclusive, o nível de exigência dos clientes pode superar o de chefes tradicionais. O trabalho ainda excede o de funcionários em boa parte das empresas. Sua rotina passa a ser influenciada pela dos consumidores.
Por isso, se os clientes procuram sua empresa com mais frequência durante a noite, por exemplo, esse pode se tornar seu horário de trabalho. Ademais, diferentemente do trabalho com vínculo empregatício, o empreendedor se responsabiliza por todas as áreas da empresa.
Quais são os desafios de um microempreendedor iniciante?
Os desafios de um empreendedor iniciante pressionam os primeiros anos de um empreendimento, e muito do sucesso do negócio tem relação com essas dificuldades. Lidar com a falta de experiência, por exemplo, é importante e passa pelo contato com pessoas mais experientes e por formações.
Outra dificuldade é o cálculo dos custos da empresa. Isso porque você vai precisar manter a marca em pé mesmo enquanto ela não dá lucro. Portanto, o plano de negócios precisa levar em conta todos os cenários.
Isso vai desde a abundância até as vendas zeradas. Por fim, tornar a marca conhecida e atrair os clientes também dá trabalho. Embora a internet tenha trazido a possibilidade de explorar mais facilmente nichos, você ainda vai precisar dedicar alguma dose de energia.
Quais são os erros mais comuns?
O primeiro erro comum para um microempreendedor é acreditar que empreender traz dinheiro rápido. Muitos iniciantes, inspirados pelos filmes sobre empreendedorismo e pelo marketing das histórias de sucesso, criam expectativas imprudentes e acreditam que o retorno vem com pouco esforço.
Algumas marcas demoram anos para dar lucro, principalmente quando dependem de um investimento inicial um pouco mais alto. Por isso, vale planejar o negócio para o longo prazo. Superestimar o crescimento da empresa também é um erro comum.
Muitos empreendedores acreditam que a participação no mercado vai ser alta em poucos meses de atuação. Mas essa expectativa não é realista para a maior parte dos casos. Normalmente, a participação no mercado é atingida aos poucos e duramente.
Quais são os hábitos mais importantes?
Um dos hábitos que destacam um microempreendedor é uma disposição ao fracasso, ainda que ele não aconteça. Isso porque se relacionar bem com a possibilidade de fracassar é importante na hora de assumir riscos.
Buscar o sucesso, muitas vezes, envolve pôr em risco a reputação, o status, o nome e por aí vai. Outro hábito é o de “ligar os pontos” na pesquisa por oportunidades. Assim, os empreendedores costumam ser pessoas antenadas em todos os tipos de mudanças.
Isso inclui mudanças políticas, sociais, econômicas, entre outras. Assim, são capazes de fazer ligações e encontrar oportunidades em fatores originalmente sem conexão. Normalmente, têm boa imaginação e conseguem enxergar o negócio além dos riscos.
Como usar a tecnologia a seu favor?
Nos últimos anos, algumas formas de pagamento mais tecnológicas conquistaram espaço no mercado: é o caso do Pix e do NFC, por exemplo. Isso fez com que as máquinas de pagamento ganhassem força, principalmente com a diminuição da adesão ao dinheiro físico.
Aqui, um microempreendedor pode oferecer sua solução com uma variedade de formas de pagamento distintas, como débito, crédito e Pix. A vantagem é a diversificação, já que o cliente pode pagar da forma mais cômoda.
Você pode prestar atenção em alguns pontos na hora da escolha. Por exemplo, a aceitação a cartões diferentes, a tecnologia contactless e a segurança de dados. Vale reparar em como os consumidores se relacionam com os pagamentos.
Por que boas parcerias fazem toda a diferença?
Embora selecionar bem a melhor máquina seja importante, ainda há alguns outros pontos em que vale prestar atenção. Por exemplo, o suporte e a parceria. Empresas como a Granito enfatizam um bom atendimento e assistência técnica.
O microempreendedor é uma categoria que regulariza o trabalho por conta e pode ser uma porta de entrada para o empreendedorismo. Embora dependa de algumas regras, a formalização é o caminho para desenvolver uma contabilidade de empresa e emitir notas fiscais.
Se você quer empreender de forma profissional, as máquinas de pagamento podem ajudar. A Granito é justamente uma empresa especializada em trazer uma melhor experiência de compra para o cliente, contando com várias soluções de pagamento.
No site, você pode conhecer alguns modelos desenvolvidos com tecnologia própria. A marca ainda conta com recursos como o multicliente e a divisão de vendas. Não deixe de solicitar contato e fazer seu pedido!